Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Guto Ferreira primeiramente fez uma breve avaliação do jogo de hoje: “Primeiro agradecer o torcedor que apoiou, e pedir desculpas por não levar onde todos gostaríamos. Hoje não faltou luta e aplicação, mas é difícil de jogar contra o modelo deles, foram três jogos e três jogos de dificuldade. Perdemos a classificação em 10 minutos do jogo de Maringá, hoje faltou mais tranquilidade, todos se entregaram e não conseguimos buscar pelo menos um gol para mudar o estado anímico da partida”.
Sobre a pressão para deixar o Coritiba, visto que a torcida pediu sua saída ao deixar o gramado: “Infelizmente temos uma cultura de situações imediatas, acredito que o nosso trabalho vai fluir sim, tivemos avanços importantes, mas ainda não na medida para alcançarmos o que precisávamos”.
Em relação à parte psicológica da equipe para início da série B: “A parte psicológica é outro campeonato, outro modelo. É uma equipe que joga marcando individual o campo todo, mérito deles, é uma equipe que joga 100% marcando individual. As equipes da série B e A raramente jogam dessa maneira. Sustentar esse tipo de jogo por 38 rodadas com viagens longas, é meramente impossível”.
Respondendo sobre a bola longa, muito utilizada hoje: “Foi a situação da pressão, tivemos algumas enfiadas de bola no primeiro tempo, com alguns movimentos até conseguíamos quebrar a primeira e segunda linha de marcação, mas faltou mais consistência para chegar até o gol”.
Como ajustar o time para jogar a série B, que é o principal objetivo: “Agora vamos ter uma intertemporada até o início da série B, aí temos condições de fazer os ajustes. O grupo vem sendo construído e oscilações acontecem. Em 2022 no Bahia não nos classificamos entre os finalistas, tivemos três semanas para trabalhar e a equipe, em cima do trabalho que fizemos, nunca saiu do G4”.
O que falar aos torcedores para acreditarem que esse grupo vai ter sucesso na série B: “Quando se perde parece que tudo está errado, ninguém presta. Falando de uma situação fora de contexto, dando exemplo do Klopp em que o Liverpool ficou quatro anos sem ganhar nada antes de atingir o que atingiu. Você vai se ajustando, ajustes que no meio da competição não faz. Será que está tudo errado? Será que tem que começar do zero de novo?”
Com muitos jogadores jovens no banco, pode ter havido erro na montagem do elenco, e o elenco precisa ser reforçado para a série B? “Sem oportunidades nunca um jovem vai atingir seu nível real, e eles são lapidados em jogos como esse. Tudo tem o seu momento e seu porquê. O estadual é um perfil de competição, o campeonato nacional é outro perfil de competição”.
Após duas eliminações, o que precisa mudar para o acesso à série A? “É seguir trabalhando forte e ajustando onde precisa ajustar”.
Sobre a situação de pressão, em relação à continuidade no Coritiba, e se está respaldado pelo Amodeo para continuar à frente da equipe, Guto disse: “Em se tratando de Brasil isso é normal, em se tratando do trabalho que fazemos diariamente aqui está tranquilo, e confiantes para fazer melhor”.
Perguntado sobre como projeta esse tempo até a estreia na série B, o técnico disse: “Treinando forte, ajustando situações que não temos ainda o equilíbrio, o grupo ainda não está homogêneo na parte física, e fazendo ajustes técnicos e táticos”.
Por fim, respondeu sobre a necessidade de reforçar o time para início da série B: “Esse é um trabalho interno, não é uma situação para expor aqui, dentro desse trabalho interno nós sabemos o que precisamos”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)