ENTREVISTA
Citado por diversas vezes nas conversas do grupo de WhatsApp, o ex-integrante do G5 do Coritiba Ricardo Guerra também falou à imprensa no final da tarde desta sexta-feira, 29. Chamado de "Laranjinha", "Playboy" e "Bacaninha", ele não poupou críticas ao grupo e esclareceu o seu pedido de renúncia.
Em entrevista à Rádio Transamérica, Guerra foi firme: "Hoje o que nós vimos é um grupo político e aparelhado, formado por funcionários do clube, diretores do clube, vice-presidentes do Coritiba que trabalham em prol de um projeto político danoso à instituição", disse.
Guerra também criticou abertamente a maneira como os integrantes do grupo de WhatsApp se referiam a Ernesto Pedroso: "O Ernesto Pedroso chamado de TT (teoricamente Treme-Treme em função do mal de Parkinson que é uma doença que ele sofre), veja o grau de falta de humanidade dessa gente tratando um ser humano dessa forma", continuou.
Ele continuou a entrevista em tom enfático: "O Coritiba infelizmente está sendo gerido por amadores. Quando eu saí eu disse para o presidente Bacellar e digo de público: eu não concordava com a maneira como o clube estava sendo gerido. Houve uma doação de dinheiro para a campanha do Ricardo Gomide na Federação Paranaense que foi solicitada pelo vice-presidente André Macias e parte do dinheiro inclusive foi retirada por ele. Isto está em uma sindicância, eu dei o meu depoimento e será apresentado ao Conselho Deliberativo (...) Tentei agir, fui impedido e os prints das conversas do grupo de WhatsApp marcam isso. Existia um aparelhamento cerceando as minhas atitudes para tentar ajudar o Coritiba", seguiu.
Ricardo Guerra também deu detalhes de seu pedido de afastamento: "Eu disse ao presidente Bacellar: ou o senhor demite todo mundo porque existe uma grande mudança de rumo, de gestão e especialmente de conduta aqui dentro do Coritiba ou eu vou me retirar. Como eu não vi essa mudança, optei por me retirar e sempre deixei claro ao Bacellar que eu não era oposição a ele, mas sim em relação às pessoas que o cercam, que infelizmente prejudicam muito o Coritiba", disse.
Por fim, ele disse que a hora do Coritiba ser passado a limpo é agora: "Algumas pessoas me procuraram, conversaram comigo dizendo que talvez não fosse o momento em virtude da situação do Coritiba em campo e a minha resposta em relação a isso é completamente oposta (...) O Coritiba precisa ser passado a limpo se tudo isso que foi apresentado hoje for verdade. Eu vejo que os colaboradores com cargos remunerados que estão envolvidos nesta situação precisam ser infelizmente demitidos do Coritiba e as pessoas que ocupam cargo de gestão precisam passar por uma sabatina deliberativa em função do posicionamento anti-ético delas. Todos nós somos vítimas da política nefasta que existe hoje no Coritiba", finalizou
Imagem: Arquivo Pessoal
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)