Brasilerão
Logo aos 5 minutos do primeiro tempo, a imprensa paulista qualificava o Coritiba como um time apenas brigador. “Um time que não pode oferecer muita coisa, já que seu principal jogador é um atleta com a qualidade de Juan”, disse o comentarista da Rádio Band News, logo no início do jogo.
Não por conta da qualidade de Juan, mas foi pelo meio e pela esquerda que o São Paulo encontrou as maiores facilidades na partida. Muito mais pela ineficiência de João Paulo, encarregado de marcar pelo meio, e Carlinhos pela esquerda. O Coritiba tinha dois meias de criação, Gonzales e Juan, que pouco conseguiram criar. Gonzales mais uma vez mostrou que ainda vai “dar um bom caldo”. Juan, visivelmente fora de ritmo, apareceu bem e promete voltar a ser o velho e bom meia de assistências e também goleador que tanto nos fez falta.
São Paulo foi senhor do primeiro tempo, com posse de bola que chegou a quase 50% ao final do 45 minutos iniciais, mas que não resultou em gol.
Logo aos 5 minutos, Thiago Mendes chegava com os primeiros arremates do time do Morumbi. O Coritiba só consegue o primeiro lance de ataque aos 17 minutos, com Juan chegando atrasado na bola e na sequência com Kleber e Carlinhos depois de uma boa troca de passes, mas o chute do atacante Coxa sai fraco.
Minutos depois, Centurion cruza e acha Alan Kardec que quase faz o primeiro do jogo, batendo de cabeça, mas pra fora.
O Coritiba consegue novo lance de área, numa cobrança de falta batida por Gonzales. Ele coloca na área e Lucão quase faz contra, batendo de cabeça, com a bola caprichosamente batendo na trave.
O São Paulo se mantém até o final do primeiro ainda mandando na partida, com mais posse, mas sem eficiência nos arremates, para alívio da torcida Coxa.
Os dois voltam pro segundo tempo iguais, mas o São Paulo mantém o mesmo ritmo da etapa inicial e o gol parece apenas uma questão de tempo. Logo aos 3 minutos, as sucessivas falhas de marcação do Coritiba, que recua e acuado, com medo, permitem a pressão são-paulina e Wilson começa a aparecer e a trabalhar ainda mais do que já tinha trabalhado no primeiro tempo, em sequência de defesas salvadoras.
Tentando manter o Coritba à frente e segurar o ímpeto do São Paulo, Pachequinho faz duas substituições que funcionam e ajudam o Coritiba a sair da pressão que recebia e chega a equilibrar as ações do jogo.
Aos 17 minutos, depois de um escanteio batido da direita por Juan, Alan Santos desvia de raspão e faz o primeiro do jogo, abrindo o placar, fazendo Coritiba 1x0. A torcida compra a briga a ajuda o time a se manter na frente, no comando das ações. Cinco minutos depois, Juninho ainda perde uma boa oportunidade de ampliar o placar. Batendo de virada, de dentro da área, mas por cima do gol de Denis.
O castigo veio em dose dupla. A Alan Santos, que fazia uma boa partida, e ao torcedor, devolvendo um placar mais próximo do justo, pelo conjunto da obra que fizeram Coritiba e São Paulo durante os 90 minutos.
Aos 34 minutos, numa falha de marcação que tinha Alan Santos na bola, na entrada da área, Rogério bate forte, sem defesa para Wilson. O 1x1 no placar parecia ser um bom resultado ao São Paulo, que jogava com alguns desfalques, fora de casa, tanto que o técnico Edgardo Bauza mexe no time armando o São Paulo para segurar o resultado.
Ainda antes do apito final, Negueba tem uma boa chance com um chute de fora da área, mas Denis estava ligado e não permitiu o segundo do Coxa.
O empate em casa, mesmo que seja contra o São Paulo, está longe de ser sequer um resultado razoável. O pontos jogados fora, serão creditados numa conta que precisa ser revertida fora de casa. No Domingo o Coxa pega o Grêmio, em Porto Alegre. O Coxa volta a jogar em Curitiba, mas na Vila Capanema, contra a Chapecoense, no meio da próxima semana.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)